terça-feira, 30 de agosto de 2011

E os treinos?


Bom, muitas coisas aconteceram depois da última vez que escrevi sobre meus treinos.
Baixei uma planilha da internet de um treino de 3 meses para maratona, de um site de corridas alemão, e tentei cumprir… mas desisti. Me senti insegura. Para mim a maratona significa um grande investimento de tempo e energia. Não podia simplesmente arriscar minha saúde com uma planilha genérica. Senti que estava me sabotando… então resolvi importar uma planilha do Brasil… meu treinador preferido e o melhor treinador do muuundo Anderson Dias está me ajudando nisso. Socooooorrro Anderson!!!!
Quando estava tentando a planilha genérica senti minhas pernas muito travadas e o pior foram as dores no pé direito. Acho que foi de tudo um pouco: aumento repentindo de volume,  falta de musculação já que depois da minha mudança eu não tinha ainda entrado na academia, um pouco psicologico pore star usando uma planilha genérica e principalmente solos desregulares das trilhas onde estou treinando (ainda vou tirar as fotos para postar aqui).
Com as planilhas do Anderson me senti mais segura. Primeiro ele diminuiu o volume e me orientou a evitar a rua e fazer nas primeiras semanas treinos mais na esteira… foi difícil mas consegui… o pé e as pernas comecaram a melhorar. Primeiro doiam muito, mas depois somente nos primeiros kilometros ficando dormentes depois e depois melhorando … Voltei a fazer a santa musculação e agora não sinto mais nenhuma dor. Voltei a correr nas trilhas prestando mais atenção onde piso, mas não sinto mais dores. O volume foi aumentando aos poucos e estou me sentindo mais segura.
Semana passada foi super quente aqui na Alemanha. Quente e muito úmido, com direito a mini-tornado e tudo. Tentei seguir a planilha do Anderson na melhor maneira possível. Evitando a esteira porque academia sem arcondicionado no calor na Alemanha ninguém merece (PELAMORDEJESUSLUZZZ)… ai já viu né… sem musculação. Cumpri o volume, mas a sensação era que corria, corria e não saia do lugar… foram treinos difíceis, suei bicas e me senti com 300 kilos. Coloquei culpa até na comida, me achei enorme de gorda, mas subia na balança e realmente não tinha mudado muito.
Mas calor dura pouco aqui, e tivemos um final de semana fresquinho. Ótimo para os 21km que tinha que encarar no domingo… Tava com medo, mas foi ótimo. A sensação pesada tinha passado. Corri mais solto e me senti MARAVILHOSA!!! (ok um pouco demais de endorfina, mas tudo bem, foi assim que me senti mesmo… rs rs rs, vcs conhecem bem o efeito que a endorfina me faz, me sinto nada menos que a mulher maravilha e ninguém-me-segura!!!!…)
Não foi a performance das meias-maratonas que fiz em 2010, mas consegui completar em menos de 2h… Tudo que precisava para me sentir mais forte, de volta e confiante que vou conseguir pelo menos alcançar a linha de chegada da maratona de Frankfurt em 30 de outubro de 2011.

Amigos novos e amigos antigos



A alguns anos atras (mas nem tantos anos assim) na minha cidade natal, sempre fui uma pessoa bem extrovertida, sempre conheci muuuuita gente e sempre tive muitos amigos. Sempre cheguei nos lugares e encontrei conhecidos. Isso mudou um pouco desde que sai de Recife e fui morar pela primeira vez para Alemanha logo depois que me formei. Depois voltei para o Brasil, para outra cidade cheia de desconhecidos, trazendo da europa um pouco de introspeção.
Bem, mas muitas coisas boas a corrida me proporcionou e entre elas, talvez uma das mais importantes é o fato de me sentir novamente rodeada de amigos. A corrida me fez relembrar esse meu lado extrovertido e popular, me fez encontrar e reencontrar muitos amigos. Dificilmente vou para uma prova sem encontrar alguém.
Sobre os amigos que encontrei na corrida e por causa da corrida, sem palavras... eles sabem quem são e o espaço que têm guardado no meu coração. Mas do que quero falar são dos reencontros.
Na meia maratona do Rio reencontrei um antigo amigo da universidade no aeroporto do Rio indo embora para São Paulo – ele com a esposa tinha voltando para Recife  e eu com uma amiga voltando para São Paulo. Reencontramos na porta do elevador, deu somente para conversar rápido, conversas típicas de corredores sobre o desempenho da prova, nada sobre a nossa profissão nem nossas escolhas.
Foram muitas desses encontros, mas o maior reencontro que a corrida me fez vivenciar foi um dia estava saindo de uma prova da T&F no ano passado. Nossa! Vi aquele rosto super familiar de uma amiga de infância que não tinha visto desde que entramos na faculdade - uns 15 ou 20 anos, será? Melhor nem fazer as contas.
Era Renata mesmo. Também de Recife, Renata tinha tios na mesma cidade de interior que meus avós moravam, no sertão de Pernambuco. Passamos muitas férias juntas. Convivemos mais na infância e quando fizemos o 2º grau na mesma escola. Eramos muito cdfs, mas de área diferente... rs. Diferentes caminhos nos levaram para diferentes rumos da vida até aquela corrida da T&F. Agora as duas já casadas com filhos e morando em São Paulo e com uma paixão em comum: a corrida.